As doenças oculares são comuns e afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a OMS, cerca de 285 milhões de indivíduos já foram afetados por uma doença ocular. No entanto, a maioria dessas doenças pode ser evitada se diagnosticada e tratada precocemente.
Existem diferentes opções de tratamento para as doenças oculares, que são adaptadas às necessidades específicas de cada paciente. Um desses tratamentos é o uso de tampão ocular, principalmente em crianças.
O tampão ocular é um dispositivo usado para cobrir um olho saudável, fechando-o temporariamente. Esse é um procedimento terapêutico que busca estimular a melhora do olho afetado, fazendo com que o cérebro registre apenas as imagens do globo ocular doente.
Há diferentes tipos de tampões oculares disponíveis, como os feitos de pano, seda ou descartáveis encontrados em farmácias. No entanto, é fundamental obter orientação de um oftalmologista para saber qual é o mais adequado para cada caso.
O uso do tampão ocular é necessário principalmente em crianças, principalmente nos primeiros anos de vida. Condições como ambliopia, estrabismo e hiperbilirrubinemia em recém-nascidos são tratadas com o tampão ocular.
Para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é importante que as crianças visitem um oftalmologista pediátrico a partir dos dois anos de idade. Caso exista histórico de ambliopia na família ou se a criança já apresentar estrabismo, as consultas devem ser feitas ainda mais cedo.
A ambliopia, conhecida como “olho preguiçoso”, é uma condição em que um dos olhos não atinge a acuidade visual normal, mesmo com óculos. O uso do tampão ocular tem resultados satisfatórios nesses casos, possibilitando a reversão da condição na maioria dos pacientes.
O estrabismo é um desequilíbrio nos músculos oculares que faz com que os olhos fiquem desalinhados. O tampão ocular pode ser usado como tratamento para essa condição, ajudando a alinhar os olhos e melhorar a função visual.
Ao nascer, é comum que os bebês apresentem alguns problemas de saúde, como o estrabismo, que é caracterizado pelo desalinhamento dos olhos e pode causar visão dupla. Essa condição pode ser causada por doenças que afetam o cérebro, como a paralisia cerebral e a síndrome de Down, assim como por viroses e hidrocefalia.
O estrabismo adquirido na infância não apresenta sintomas, porém, em crianças com mais de 4 meses de idade e adultos, a visão dupla é um sinal importante dessa condição. É importante ressaltar que o uso de tampão ocular não cura o estrabismo, mas pode estimular a parte cerebral da visão, aliviando os sintomas e melhorando a qualidade de vida.
Outra condição comum em recém-nascidos é a hiperbilirrubinemia, que ocorre quando o fígado dos bebês não consegue eliminar adequadamente a bilirrubina, pigmento amarelado importante para as funções hepáticas. A icterícia do leite materno é uma das principais causas dessa condição. Para tratar a hiperbilirrubinemia, é necessária a fototerapia, e o uso do tampão ocular ajuda a proteger a retina dos recém-nascidos durante esse procedimento.
É fundamental que as condições citadas sejam tratadas o mais cedo possível, por isso, os pais e responsáveis devem estar atentos aos primeiros sintomas e buscar assistência médica adequada, assim como realizar acompanhamentos de rotina.
Existem instituições como o dr.consulta que oferecem atendimento de qualidade para cuidar da saúde da família. É importante buscar informações sobre bem-estar e aproveitar os serviços presenciais e online que estão disponíveis.
Para mais informações, consulte as fontes utilizadas neste artigo:
- Desenvolvimento de um protetor ocular para fototerapia em recém-nascidos: uma tecnologia | Revista Latino Americana de Enfermagem
- Estrabismo | (vesgueira, vesguice) | Ministério da Saúde (MS)
- Terapia oclusiva em ambliopia: fatores prognósticos | Aquivos Brasileiros de Oftalmologia
- Reversão da ambliopia após correção do erro refrativo e terapia de oclusão ocular na Síndrome de Straatsma: relato de caso | Revista de Medicina e Saúde de Brasília
- Ambliopia | Secretaria de Estado de Saúde de Goiás
- Doenças oculares | Ministério da Saúde (MS)
- Principais doenças oculares | Ministério da Saúde (MS)
Jornalista especialista em gestão social e saúde com mestrado na UFPR.