Como gerenciar a asma: não há cura, mas é possível controlá-la.

Como gerenciar a asma: não há cura, mas é possível controlá-la. 1

Como gerenciar a asma: não há cura, mas é possível controlá-la.

Sentir dificuldade para respirar ou pressão no peito pode indicar a presença de asma, uma condição que afeta diversas faixas etárias, desde crianças até adultos. Mesmo sendo uma condição sem cura, a asma pode ser controlada com tratamentos eficazes, proporcionando melhor qualidade de vida e prevenindo crises.

Como gerenciar a asma: não há cura, mas é possível controlá-la. 2

A asma é uma inflamação crônica que atinge as vias aéreas, como os brônquios, levando o ar aos pulmões. A causa exata da asma ainda não é totalmente compreendida, mas fatores genéticos, histórico de doenças pulmonares e exposição a agentes alergênicos são apontados como principais desencadeadores da condição. No Brasil, estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas são asmáticas, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Os sintomas da asma podem variar entre adultos e crianças. Na fase adulta, a asma pode se manifestar com falta de ar, dificuldade em respirar profundamente, tosse intensificada à noite, pressão no peito e chiado ao respirar. Já em crianças, é importante observar sinais como respiração acelerada, cansaço excessivo, tosse persistente, dificuldade para se alimentar e chiados respiratórios.

Esses sintomas podem ocorrer com diferentes intensidades e frequências, sendo comuns de piorar à noite, durante a madrugada ou após atividades físicas. A asma não tratada pode resultar em dificuldades para dormir, cansaço diurno, falta de interesse em atividades e baixa produtividade tanto no trabalho quanto na escola.

O diagnóstico da asma é feito pelo pneumologista por meio da avaliação clínica dos sintomas relatados e do histórico de saúde do paciente, juntamente com exames físicos como o exame de sopro e testes de broncoprovocação. Essas ferramentas auxiliam na compreensão do quadro clínico do paciente e na intensidade da doença em caso de confirmação do diagnóstico.

A asma, apesar de não ter cura, requer tratamento constante para controlar os sintomas e prevenir crises. O Dia Nacional de Controle da Asma, celebrado em 21 de junho no Brasil, visa conscientizar sobre a importância do tratamento adequado da condição para reduzir hospitalizações e melhorar a qualidade de vida dos asmáticos.

A falta de tratamento da asma pode levar a complicações, especialmente quando combinada com outras condições como pneumonia e Covid-19, como apontado pelos dados do Ministério da Saúde. Em 2021, houve um aumento significativo nos atendimentos na Atenção Primária à Saúde do SUS, reforçando a necessidade de buscar ajuda especializada e seguir o tratamento.

No que diz respeito aos medicamentos, os inaladores, conhecidos como bombinhas para asma, são comumente prescritos. Existem dois tipos principais: inalador controlador, utilizado diariamente para controlar a inflamação dos brônquios e prevenir crises; e inalador de alívio, para uso em situações de piora dos sintomas, proporcionando alívio imediato.

É essencial que os pacientes sigam as orientações médicas quanto ao uso correto de cada tipo de inalador para gerenciar eficazmente a condição da asma e manter uma boa qualidade de vida. Além do tratamento medicamentoso, medidas como manter os ambientes limpos, evitar exposição a alérgenos, tomar sol com proteção, praticar exercícios regularmente e não fumar são recomendadas para melhorar a saúde respiratória.

No caso de uma crise asmática, é importante agir rapidamente. Ao perceber os sintomas, como falta de ar e aperto no peito, é recomendado auxiliar o paciente a manter a calma e uma posição confortável, enquanto se busca ajuda profissional. Em casos graves, a orientação é chamar uma ambulância e encaminhar o paciente para atendimento médico imediato.

Fontes consultadas incluem a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, o Ministério da Saúde, a Prefeitura de Recife e informações governamentais.

Avalie esse artigo

Veja mais